quarta-feira, 4 de abril de 2012

Uma nova fase...

Há um tempo atrás fiz um post sobre resoluções de ano novo e hoje quero começar uma nova fase por aqui. Essa fase será baseada em duas das minhas "New Year's resolutions"... a de manter o guarda roupas organizado (porque sim, eu sou uma bagunceira nata) e a de comprar menos roupa! Eu quero mostrar como dá pra gente se virar com o que tem em casa e não sair sempre com a mesma cara...
Todos os dias quando ia me vestir, meu primeiro pensamento era o clássico do mundo feminino: Não tenho roupa! (Convenhamos, que dizer uma coisa dessas é um absurdo!) E o que acontecia em seguida? Ia em alguma loja e comprava mais roupas, porém usava sempre as mesmas. Qual o resultado? Um roupeiro cheio de coisas e looks sempre muito repetitivos. Então resolvi unir o útil ao agradável (segundo a minha lógica): organizar o roupeiro e economizar.
Antes de começar a mostrar os looks, vou contar um  pouco do que me levou a dar um jeito no armário...
A história toda de arrumar as roupas começou com um surto de que eu PRECISAVA fazer um armário novo pois o meu não estava mais dando conta de tanta roupa. Como não pretendo ficar mais muitos anos na casa dos meus pais, pensei que seria um tremendo desperdício de dinheiro fazer um armário novo que logo não seria mais usado. A solução mais óbvia era fazer uma boa limpa. Essa limpa facilitaria a minha vida pois manter o armário arrumado sempre foi um problema já que ele estava ABSURDAMENTE lotado. Resolvi colocar em prática o primeiro passo da arrumação: a sessão DESAPEGO.
Só eu sei o quanto foi difícil desapegar das minhas coisas, porque quase todas as minhas roupas tem alguma história (porque as trouxe de alguma viagem, porque ganhei de algum parente querido, porque herdei das minhas avós, enfim, eu tinha mil desculpas pra guardá-las). Sabe como é, na minha cabeça (de louca), doar as roupas com histórias, era sinônimo de esquecer o passado (sim, um drama, eu sei).
Passada a fase do (DES)apego emocional a algumas peças (eu não me livrei de todas, algumas - poucas - estão guardadinhas, só as que eu ainda uso), fui para a fase do desapego por falta de uso. Sabe aquelas calças jeans de quando tu tinha 15 anos (sim, eu guardava), blusas que tu nem sabe porque guardou pois NUNCA usaria de novo? Então, me livrei de tudo. Foi um suador, porque experimentei quase tudo que tinha no guarda roupas. Não serviu? Doação. Só guardei o que eu poderia usar se emagrecesse até 5kg (sim, estou fazendo dieta, mas isso é assunto pra outro post).
Depois dessas duas etapas, já tinha um bom saldo: várias roupas pra doação e um quarto que não precisaria mais de um roupeiro novo tanto assim. E quer saber? Foi muito bom me livrar daquilo que não usava mais e ainda poder ajudar um monte de gente que precisa.
Chegou, após isso, a fase de CATALOGAR as roupas. Catalogar? Sim, isso mesmo. Separei as roupas primeiro por estação e depois por temas, exemplo: Regatinhas de verão (que a gente tem as pencas), outras blusas de verão, blusas de meia estação de dia a dia, blusas de sair, vestidos de verão, vestido de inverno e assim foi. Com tudo devidamente separadinho é que comecei a guardar de volta as coisas no armário. E aí vem mais uma loucura, separar por cor. É incrível como fica mais fácil quando tá tudo separadinho por cor...
De volta ao guarda roupas: roupas de inverno pra cima (santas Space Bags!), roupas de verão e meia estação pra baixo!
Garanto: minha vida tá bem mais fácil na hora de me vestir pelo simples fato de que agora eu ENXERGO as roupas...
Nos próximos posts vou então mostrar minhas escolhas e relatar os dramas de ter se proposto a comprar o mínimo possível até o final do ano.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Você já ouviu falar nos anos úteis?

Sempre que muita mulher se reúne alguns assuntos se repetem, roupas, acontecimentos do dia a dia feminino, porém eu e algumas amigas, debatemos muitas vezes a teoria dos anos úteis. Tá, já sei, você deve estar se perguntando, mas o que raio são os tais anos úteis? Calma, calma, já explico. Os anos úteis, segundo a nossa teoria, são quantos anos ainda restam para realizar tudo que a sociedade (e muitas vezes nossas famílias) nos cobra ter realizado antes dos 30 anos. Ainda não ficou claro? Assim, logo que saímos do colégio é aquela pressão de vestibular: fazer vestibular, ser aprovado, ter feito a escolha certa da profissão. Depois disso, começar a faculdade, estagiar, arranjar um emprego bom e se formar. Enquanto isso, o relógio vai fazendo tic tac e o que acontece? Temos que morar fora do país pois ter uma experiência no exterior conta muito para o quesito bom emprego, mesmo que lá fora estejamos trabalhando no que eu chamo de sub-emprego, algo que jamais faríamos aqui, na nossa terra natal. Essa experiência fora do Brasil pode ser no meio da faculdade ou depois (é sempre uma opção caso ao se formar não se esteja num bom emprego). No meio de tudo isso já é bom ir logo pensando numa pós graduação (se consegurimos unir a experiência fora do país com a pós, melhor ainda) e se conseguirmos pagar a pós graduação sem pedir "paitrocínio" é uma grande conquista. E a todas essas, temos quantos anos? Vinte e poucos, aproximadamente um quarto de século.
Ah, enquanto fazemos pós, devemos começar a procurar apartamento porque já está mais do que na hora de ser independente. Iiih, já ia me esquecendo, tem o carro também (esse já deve existir há anos). Concomitantemente com todos os fatos mencionados, temos que estar conhecendo, ou já ter conhecido, o homem de nossas vidas. Sim, porque depois de ter o próprio apartamento, graduação, pós graduação, experiência fora do país ainda temos que casar (lembrando que tudo isso antes dos 30). Mas porque?
Porque nossos pais, e grande parte da sociedade, viveram num tempo em que se casava aos 20 e poucos anos, e como diz o ditado: "quem casa, quer casa", ou seja, nem que fosse um apartamento alugado eles tinham. Rapidinho já tinham filhos e estavam "estabelecidos nos parâmetros da sociedade" com menos de 30 anos. Faziam algum esforço pra manter a casa e os filhos, mas viviam bem. E esperam que a gente consiga realizar os mesmos feitos.
O que acontece hoje é que nós pensamos mil vezes antes de fazer as mesmas coisas que nossos pais fizeram, porque temos que abrir mão do conforto, das saídas, bebedeiras, compras e viagens para formar uma família com menos de 30 anos. O porquê dessa idade? Devido a vida fértil feminina, para gravidez sem risco. Se eu quero ser mãe aos 40 anos? Não! Claro que não. Mas ao mesmo tempo, quero dar para os meus filhos as mesmas condições de estudo, de conforto, de lazer que tive e isso talvez só aconteça quando eu for mais velha... eaí, já terei passado dos 30. Algum problema? Nenhum, apenas viver com cobranças, mas isso já estamos bem acostumados desde cedo. Sabe o que mais me revolta sobre tudo isso? É ser cobrada a realizar um monte de coisas e não ser cobrada pelo fundamental: SER FELIZ! Sim, porque se depois de ter conquistado tudo que é imposto aí fora você não for feliz, eu lhe perguntarei: Valeu a pena? E provavelmente a resposta será: em parte. Desculpa sociedade: eu não quero ser feliz em parte!