quarta-feira, 9 de março de 2011

Buenísimos Aires

Já que não sou muito chegada naquela muvuca de carnaval, povo suando e pulando esse ano resolvi fugir do ziriguidum indo pra Buenos Aires... lógico que sabia que estaria cheia de brasileiros, mas como a última vez que eu tinha ido para lá eu tinha 10 anos, não me importei com a quantidade de turistas brasileiros e encarei. Lotado de brasileiros é pouco, nos bairros mais turísticos beirava o insuportável (porque brasileiro tem um jeito de se portar muito peculiar, que nem sempre me agrada). Vou dividir o post em dois, um de partes bem turísticas e outro com lugares que achei legais! Quando se chega em Buenos Aires, se tem a impressão de estar em uma cidade européia, não fossem grandes evidências na rua (mendigos, sujeira) me sentiria na Europa. Um dos bairros mais peculiares da cidade é La Boca. Nesse bairro localiza-se o estádio do Boca Juniors (que tem um tour de visitação, mas como estava lotado não fiz) e o tão famoso Caminito. Do ponto de vista estético é uma arquitetura muito diferente já que as casas são feitas parte em madeira, parte em telhas de zinco. Segundo minha guia, as casas são muito coloridas pois os habitantes desse bairro eram (e ainda são) muito pobres e pediam aos navais restos de tintas coloridas dos barcos. Ou seja, nunca se conseguia pintar toda a casa de uma cor só. Do ponto de vista olfativo é um dos lugares mais fedorentos que já estive na vida, confesso que no auge da minha (pouca) frescura não consegui apreciar tanto o lugar pois o cheiro de esgoto era muito forte. Não há como não ir a Buenos Aires e não dar uma passadinha na belíssima Casa Rosada. Diz-se que a casa foi pintada nesse tom pois era a mistura de cal com sangue, há quem diga que a cor vem do sebo do boi com sangue (que era usado para empermeabilizar a casa), e também há quem diga que queriam ser diferentes da Casa Branca. Nos finais de semana a Casa Rosada tem tour guiado para conhecer o interior, os tours são gratuitos e começam as dez da manhã. Recomendo, é muito enriquecedor do ponto de vista cultural, pois lá dentro há uma exposição com grandes nomes importantes para o Bicentenario Argentino (comemoração pelos 200 anos da revolução que abriu caminho para a independência). Visita-se a sala presidencial, a famosa sacada da Evita e os jardinhs internos.
A flor abaixo foi um presente de um artista (não anotei o nome) e funciona com foto- célula, abre durante o dia com a luz do sol e fecha a noite com a escuridão. Vale a pena visitar a praça e depois deliciar-se em algum dos restaurantes charmosos da Recoleta. Na Recoleta há uma feira de antiguidades e bem perto dessa feira (que abre todos os dias) está o famoso cemitério. Nunca me imaginei tão deslumbrada dentro de um cemitério. Contratamos um guia logo na porta e fizemos um tour, conhecemos o mais famoso túmulo (da Evita), que fica ofuscado perto de tantas obras de arte. O meu tour durou duas horas e meia, ouvindo histórias engraçadas, outras muito tristes e muitas lendas de um dos cemitérios mais bonitos do mundo. O cemitério fecha as seis da tarde.
Numa das ruas de maior quantidade de comércio para turistas está a Galerias Pacifico. Em plena Calle Florida um oásis para quem visita a capital argentina no verão, com câmbio confiável, banheiros limpos e lojas de várias marcas legais. Falando em câmbio, está valendo mais a pena levar dólares e trocar por pesos. Na galerias Pacifico tem uma loja chamada MORPHA, não tirei nenhuma foto da loja, mas é similar a nossa Imaginarium, porém com preços baixíssimos. Essa loja tem em diversos shoppings e é uma ótima opção para comprar presentes diferentes.
No post de amanhã falarei dos lugares que mais gostei e que não são tão turísticos assim (por isso que gostei!)

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